domingo, 27 de março de 2016

MUDA A HORA TUDO MUDA A HORA MUDA



Muda a hora
muda o tempo
muda o tom
em contratempo
muda a hora
muda o espaço
muda o som
e o compasso,
muda a hora
muda o dia
muda o dom
e a magia,
muda a hora
muda o mês
muda tudo
outra vez,
muda a hora
e a vontade,
o calendário
e... a idade!
Muda tudo
tudo muda
só não muda
o que vivi,
muda tudo
tudo muda
menos o que
sinto por ti!

(jag)

terça-feira, 22 de março de 2016

"A ÁGUA NÃO SE NEGA A NINGUÉM"... muito menos no Dia Mundial da Água















"A água não se nega a ninguém" era uma expressão que eu ouvia amiúde da boca da minha mãe quando eu era miúdo de andar pela mão dela. Essa frase era testada, por assim dizer, quando eu e a minha irmã mais velha saíamos com ela e ao fim de um bocado já a estávamos a chatear e a pedinchar água. Na altura acho que nem havia garrafas de plástico e ninguém se lembrava de andar com um cantil. 
O "mãe, tenho sede" acabava por aparecer, ou de mim, ou da minha irmã, ou dos dois. Então, a minha mãe procurava um café ou uma pastelaria (locais onde as mulheres praticavam não entravam na altura), e ao balcão pedia um ou dois copos de água. Raramente à água se juntava um queque ou um bolo de arroz, e se sim, era dividido pelos dois. Não me lembro de alguma vez lhe ter sido negado um copo de água, mesmo sem consumir. E nós bebíamos a água de um fôlego, conscientes de que "a água não se nega a ninguém".

(jag)

sábado, 19 de março de 2016

Parabéns ao HERMAN... apesar de ele não ir com a minha cara...


Sempre fui admirador do trabalho de Herman José. Desde a primeira hora, se calhar ainda antes de Nicolau Breyner o ter lançado. E sempre acompanhei ao longo dos anos a sua progressão profissional. Em 2007, no programa de TV 'Grandes Portugueses', ficou em 70º lugar entre os 100 portugueses mais influentes de sempre. Eu colocá-lo-ia num lugar muito mais cimeiro, em virtude da influência que ele teve na comunicação e na sociedade portuguesa a partir do terceiro quarto do século XX. E isto apesar de uns anos antes o meu primeiro contacto com Herman José não ter sido o mais profícuo: estava eu no Expresso e no meu gabinete, entre outras coisas, elaborávamos revistas sobre os Dias da Mãe ou do Pai. 

Como Herman faz anos no Dia do Pai, lembrei-me de lhe pedir uma entrevista, pois incluíamos sempre figuras públicas nessas revistas (já tínhamos incluído Miguel Angelo, Margarida Rebelo Pinto ou António Sala, entre outros). A colaboração por parte das figuras públicas seria através de uma entrevista ou de um texto enviado pelo convidado. Até esse ano nunca ninguém se tinha negado às minhas solicitações. 

O meu primeiro contacto com Herman José foi telefónico. Ele foi lacónico e disse-me que respondia por e-mail. Nessa noite chegou a resposta... negativa. E argumentava Herman José (na altura estava na SIC, a mesma empresa do Expresso) que não colaborava "graciosamente" com o Expresso porque o jornal não fazia menção aos seus restaurantes e bares (num dos quais - Alcântara Café, se bem me lembro - emergia como cozinheiro o meu amigo Vítor Sobral). Contudo, sugeriu que eu contactasse outros aniversariantes de 19 de Março: Io Apoloni ou Jorge Pêgo.

Depois desse episódio, fotografei-o algumas vezes mas nunca me identifiquei, até lhe ser apresentado mais recentemente no lançamento de uma biografia sobre ele próprio (ver fotos, inclusive com a mãe), mas a memória dele não deve ter relacionado. E pronto, o que desejo ao Herman é muitos parabéns pelo aniversário e que ainda guarde muita coisa para nos oferecer no futuro, apesar de saber que os tempos são outros.
(jag) 



DIA DO PAI ou DIA DO FILHO? ... por MIGUEL ANGELO (dos Delfins)















Um texto que pedi há uns anos ao MIGUEL ANGELO (dos Delfins) e que continua actual:
'Os filhos pertencem aos pais? Puro engano. Não, não falo só da "Geração Mimada" em todo o seu esplendor... O altruísmo? O altruísmo não é para aqui chamado, não tem nada a ver com niilismo! Mas os filhos pertencem mesmo aos pais, ou se quiserem, às mães? Desde quando?

Tá bem, falemos dos pais, Dia do Pai, tema de conversa escrita e apenas unívoca (azar o vosso!). Eu não possuo nenhum filho, mas tenho dois. Tenho para mim (odeio esta expressão!) que os óvulos, depois de fecundados, alcançam como fetos uma autonomia que (ainda) não lhes é consagrada na lei, no Direito que tanto escreve por linhas tortas. Mas o que é que interessa um depoimento ateu pró-vida quando se fala do dia do pai? O que é que interessa? O tema aqui é o amor, o contrário do egoísmo!
Consta que ainda existem alguns americanos (do interior), dispostos a dar a vida pela Pátria. A minha Pátria não é a minha língua (frase mal interpretada até hoje do Pessoa), mas sim os meus filhos. Por eles cesso de existir. Só por eles, entre todos os laços que apertei e desapertei até hoje. Dia do pai ou Dia do Mártir?
Ser pai é ir mais longe, num círculo viciado que é a vida. Ser pai é ser cruel, ao dar a vida e a dúvida existencial da salvação a uma nova criatura. Ser pai é demais, gostoso, como diz um amigo meu do outro lado do Atlântico. Ser pai é tudo. "Tudo o mais". Não há nada que o possa compensar.
Os pais pertencem aos filhos? Que certeza.... Somos todos filhos, alguns pais, logo são os filhos que têm a maioria! Não me venham falar de direito capeão, de decisões adulta sobre o direito à vida de quem, inimitável, só ainda não saiu pr'á rua. Somos todos filhos de alguém. Sem paternalismos.
Era bom que amanhã todos fôssemos possíveis melhores pais.'
(Miguel Angelo)

A LUA HOJE TEM A COR DO BARRO...


domingo, 13 de março de 2016

sábado, 12 de março de 2016

terça-feira, 8 de março de 2016

MULHER TOTAL... NO DIA DA MULHER E TODOS OS DIAS
















MULHER TOTAL
Mulher mulher
Mulher e mãe
Mulher e filha
Mulher amante
Mulher carreira
Mulher esperança
Que nunca se cansa!
Mulher batida
Mulher violada
Mulher sentida
Mas depois erguida
E nunca calada!
Mulher betão
Mulher pilar
De uma construção
Que nunca desaba
Mulher que acaba
E que recomeça
No dia seguinte
Mulher sofrida
Que mesmo sozinha
Vale por vinte!
Mulher ternura
Mulher cristal
Mulher romance
Mulher bonita
Mulher ideal
Ou mulher normal
Mas sempre, sempre
MULHER TOTAL!!!
(jag)

quinta-feira, 3 de março de 2016

DIA INTERNACIONAL DA VIDA SELVAGEM


Porque o que é selvagem é genuíno


O Dia Internacional da Vida Selvagem celebra-se a 3 de Março. O objectivo deste dia criado em 2013 pela ONU é celebrar a fauna e a flora do planeta, assim como alertar para os perigos do tráfico de espécies selvagens animais. Foi escolhido o dia 3 de março para esta efeméride já que foi neste dia, em 1973, que se verificou a CITES - Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção.

O tema do Dia Internacional da Vida Selvagem de 2016 é "O futuro da vida selvagem está em nossas mãos", com destaque para a protecção do elefante africano e asiático. Em 2015 o tema foi o combate ao crime organizado. De acordo com a ONU, o tráfico de animais e a caça valem até 213 mil milhões de dólares por ano.
Este dia tenta relembrar o contributo das plantas e dos animais selvagens para o desenvolvimento sustentável e para o bem-estar em geral da humanidade, além dos perigos diários que a vida selvagem corre em diversas frentes. Sendo que a vida selvagem é fundamental para o equilíbrio e para o ambiente na Terra.
Ainda segundo os dados da ONU temos: 20.000 a 25.000 elefantes mortos anualmente em África; 100.000 elefantes africanos mortos de 2010 e 2012; 1.215 rinocerontes mortos em 2014 na África do Sul; 220 número de chimpanzés mortos em 2014; 1 milhão de pangolins retirados do seu habitat em dez anos.




quarta-feira, 2 de março de 2016

terça-feira, 1 de março de 2016

A TSF - A RÁDIO QUE TANTO VAI AO FIM DA RUA COMO AO FIM DO MUNDO - COMEMOROU 28 ANOS HOJE...


... e eu sou ouvinte da TSF desde a primeira hora, talvez porque por essa altura estava a entrar verdadeiramente no jornalismo como profissão, talvez porque o João Paulo Baltazar tinha sido meu colega e fez uma  reportagem sobre o incêndio do Chiado que ficou como antologia da rádio em Portugal, ou talvez porque o ritmo de noticiários de meia em meia hora (apesar das muitas repetições) demonstrava (e demonstra) uma dinâmica informativa bem diferente de tudo o que se tinha feito até aí. Em especial quando ainda só havia uma televisão e o Telejornal na televisão, por exemplo, era quase todo alinhado no dia anterior.

A rádio acompanhou-me desde muito pequeno: a minha avó paterna tinha um rádio enorme a pilhas (que hoje está comigo) que a acompanhava para todo o lado, em casa dos meus pais havia um rádio a válvulas, mais tarde (quando avariou) substituído por uns radiozinhos de pilhas, onde ouvia muita música e sobretudo os relatos de futebol.

Foi a rádio que me "avisou" da manhã do 25 de Abril: tomando o pequeno-almoço com a minha mãe antes de ir para a escola, estranhei que a rádio (Emissora Nacional - agora Antena 1) só transmitisse marchas militares, interrompidas por comunicados, os quais na altura não percebia bem o alcance.

No princípio dos anos 80, e nos muitos dias em que acompanhei a minha mãe para ela cuidar da minha avó materna, foi uma aparelhagem que me fez companhia. Nessa altura eram "As noites longas do FM Estereo" (do António Santos) e o "Oceano Pacífico", com a vantagem que agora podia gravar cassetes pois o rádio tinha (finalmente) gravador. Ainda hoje tenho essas cassetes todas, em especial as que gravava de rádios espanholas (nas Galveias apanhava-se facilmente excelentes rádios espanholas - ainda hoje trauteio algumas dessas músicas).

Também passei pela rádio, apesar de não ter grande voz para isso: foi na Rádio Pal, de Palmela, no tempo das rádios piratas, e por lá estive de 1986 a 1988, se bem me lembro. E onde me cruzei com alguns daqueles que viriam a ser vultos da rádio, como Paula Santos (embora na altura na Rádio Azul, agora editora da SIC), Ana Marques (animadora da SIC) ou José Milheiro (jornalista da TSF).

Mais tarde conheci pessoalmente grandes nomes da rádio, como António Sala, António Santos, Luís Filipe Barros ou Paulino Coelho. Em casa, e felizmente, onde tenho o computador não tenho TV, por isso é a rádio que está sempre ligada. Neste momento está ligada, claro, acabaram os relatos de futebol e a TSF faz 28 anos. Mas nem seriam precisos esses acontecimentos para ela estar ligada. Para mim, todos os dias são DIAS DA RÁDIO.