quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Vírus e afins ou a desinvenção da humanidade

A humanidade é terrível. Apesar das tropelias que faz a si própria e à casa onde habita, não desaparece, não se esfuma, não se auto-aniquila. Por aqui continua a deambular e a azucrinar os outros seres, as rochas e as águas.

Serve isto para fazer a introdução de que passam hoje seis meses sobre o despoletar da hecatombe que viria a massacrar Portugal - alguns dos países europeus já estavam a ser massacrados, e de que maneira, na altura. Passam também seis meses sobre a última conferência onde estive presencialmente, uma dissertação do professor Luís Ribeiro, que abordou a questão da água e da sua escassez, tendo eu ficado a saber que Portugal tem o maior aquífero de águas subterrâneas profundas da Europa, exactamente na tão badalada - agora por outros motivos - zona do Vale do Tejo, e que o Algarve nunca teve falta de água, apenas ela, a água, tem sido mal gerida.

Mas, voltando ao tal do vírus "que mudou as pessoas, logo, mudou o mundo", não se tem mostrado tão mortífero como se temia, mas tem uma particularidade que nem as guerras mundiais tiveram: é mesmo global (não sei se surgiu na Antártida!) e gosta de viajar de avião. Só assim se compreende que se tivesse disseminado por todo o mundo em menos de nada. E fosse fabricado e lançado ao vento das relações humanas, ou tivesse fugido de alguma gaiola laboratorial, a verdade é que já matou quase um milhão de pessoas, número, no entanto, idêntico aos números de vítimas de alguns conflitos armados recentes ou a decorrer, e deveras inferior aos números das ditas guerras mundiais ou até de algumas epidemias locais ou regionais.

O objectivo agora é controlar o "bicho" para a humanidade poder voltar ao "novo normal". E pensava eu, numa ingenuidade oposta à filosofia da minha profissão, que a partir do vírus as pessoas iriam "cair na real" e passar a ser mais afáveis, mais fraternas, mais conscientes, como se se passasse de uma espécie de Sodoma e Gomorra para um paraíso bíblico onde os leões seriam apenas ronronantes gatinhos gigantes.

Bom, acordei de um sono em que nem cheguei bem a adormecer para perceber (ou quiçá, confirmar) que a humanidade não aprendeu nada, são biliões de cabeças ocas que num exame a sério chumbaram na primeira pergunta sem direito sequer de ir à oral.

Mas, mesmo depois de controlado o "bicho" daqui a uns tempos, para gáudio de farmacêuticas e afins, não há garantias que outro vírus não dê à costa... fabricado ou "deixado" fugir das gaiolas laboratoriais e espalhado se calhar até à Lua ou a Marte. O nuclear está démodée, e se não for outro vírus, as "cabecinhas pensadoras" da humanidade inventarão outra qualquer ameaça , seja em forma de sementes de espécies invasoras seja online... e a continuar assim, o terceiro planeta a contar deste Sol suspirará de alívio quando os seus principais parasitas se aniquilarem a eles próprios...

domingo, 16 de fevereiro de 2020

PEDAÇOS DA SERRA DA ARRÁBIDA

Portinho da Arrábida

Quando as pedras contam histórias...


Convento da Arrábida

Por caminhos nunca antes explorados...

"Subir ao cimo, ao cume, ao alto, mais longe, mais além..."



quarta-feira, 1 de janeiro de 2020