A janela da cozinha dela dava para uma rua muito motivada. Mesmo durante a noite havia sempre pessoas e carros a passarem de um lado para o outro. E agora no Inverno que anoitecia tão cedo... e ela tinha sempre os estores abertos, deixando ver todos os pormenores da cozinha quando a luz estava acesa. E a luz estava acesa sempre!
Quem estivesse na rua à noite podia observá-la a cozinhar, a abrir o frigorífico, a pôr a mesa, a limpar as mãos às toalhas pequenas, a colocar o jantar na mesa, a sentar-se na única cadeira branca, a comer, a beber, a levantar os pratos, a colocá-los no lava-loiças, depois na máquina... era assim a rotina nocturna dela... e qualquer um que passasse na rua a podia observar ao pormenor!
Os amigos que passavam na rua um dia chamaram-lhe a atenção para o alvo perfeito que ela era ali exposta na luz da cozinha. Alguém a coberto da escuridão da noite podia praticar o crime perfeito... era só fazer pontaria cá de fora e... zás! Ainda para mais com a criminalidade gratuita que grassava por aí! E a solução era fácil, diziam os amigos, era só ela baixar os estores e pronto, ficava em segurança.
Mas ela não deu muita atenção às recomendações dos amigos. Até que um dia notou um indivíduo estranho a rondar a sua janela. Estava muito longe, ela não conseguia vê-lo bem, mas bem que ele podia ser um criminoso pronto a puxar de uma arma, apontá-la à janela e disparar certeiramente... aliás, pelo carnaval ela tinha sempre problemas com sacos de água a baterem-lhe nos vidros...
Nos dias seguintes ela atentou no tal vulto que voltava todas as noites e decidiu que no dia seguinte fecharia então os estores para não correr riscos desnecessários...
Mas... tarde de mais! Aconteceu tudo muito rápido! Ela nem teve tempo de raciocinar! Aconteceu! O impensável! Apesar dos amigos lhe chamarem muitas vezes a atenção, ela não estava nem para aí virada! Mas tantas coisas na vida que acontecem sem avisar, quando a pessoa está distraída... o tiro foi certeiro, em cheio no coração, não havia volta a dar-lhe, ela estava irremediavelmente atingida pela... seta do cupido: acabou por casar com o indivíduo que a observava lá de baixo da rua e viveram muito felizes para sempre! Ah, é verdade: tiveram que comprar outra cadeira branca porque ela só tinha realmente uma cadeira... e, como se sabe, para «chamar» para perto de nós aquela pessoa especial há que ter tudo em duplicado...
Quem estivesse na rua à noite podia observá-la a cozinhar, a abrir o frigorífico, a pôr a mesa, a limpar as mãos às toalhas pequenas, a colocar o jantar na mesa, a sentar-se na única cadeira branca, a comer, a beber, a levantar os pratos, a colocá-los no lava-loiças, depois na máquina... era assim a rotina nocturna dela... e qualquer um que passasse na rua a podia observar ao pormenor!
Os amigos que passavam na rua um dia chamaram-lhe a atenção para o alvo perfeito que ela era ali exposta na luz da cozinha. Alguém a coberto da escuridão da noite podia praticar o crime perfeito... era só fazer pontaria cá de fora e... zás! Ainda para mais com a criminalidade gratuita que grassava por aí! E a solução era fácil, diziam os amigos, era só ela baixar os estores e pronto, ficava em segurança.
Mas ela não deu muita atenção às recomendações dos amigos. Até que um dia notou um indivíduo estranho a rondar a sua janela. Estava muito longe, ela não conseguia vê-lo bem, mas bem que ele podia ser um criminoso pronto a puxar de uma arma, apontá-la à janela e disparar certeiramente... aliás, pelo carnaval ela tinha sempre problemas com sacos de água a baterem-lhe nos vidros...
Nos dias seguintes ela atentou no tal vulto que voltava todas as noites e decidiu que no dia seguinte fecharia então os estores para não correr riscos desnecessários...
Mas... tarde de mais! Aconteceu tudo muito rápido! Ela nem teve tempo de raciocinar! Aconteceu! O impensável! Apesar dos amigos lhe chamarem muitas vezes a atenção, ela não estava nem para aí virada! Mas tantas coisas na vida que acontecem sem avisar, quando a pessoa está distraída... o tiro foi certeiro, em cheio no coração, não havia volta a dar-lhe, ela estava irremediavelmente atingida pela... seta do cupido: acabou por casar com o indivíduo que a observava lá de baixo da rua e viveram muito felizes para sempre! Ah, é verdade: tiveram que comprar outra cadeira branca porque ela só tinha realmente uma cadeira... e, como se sabe, para «chamar» para perto de nós aquela pessoa especial há que ter tudo em duplicado...
5 comentários:
Está gira a historia.
Gostei.pena a minha rua nao ser assim!!! Pois persianas abertas tenho sempre.!!!!! Hahahah.
bjitos.
Sofá Amarelo,
Belíssima estória! as tuas estórias são sempre estraordinárias, com finais imprevisíveis :)
deixo um afectuoso abraço
o meu melhor sorriso :)
e votos de FELIZ NATAL!
mariam
És mesmo romântico!
Também adoro esta música, mas na outra versão, a do filme.
Beijos.
Sempre surpreendestes, as tuas histórias... sei sempre que vou ser surpreendido, mas não sei como! =D Gostava de viver nessa rua animada... :)
Um abraço ;)
TIago
PS: No meu blog deixei um desafio para ti. Passa por lá :)
Olá, não há dúvida que me fizeste rir...
Pensei realmente que ela tinha sido assassinada....
Obrigada
Beijos e abraços
Marta
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