Este Verão, praticamente todos os bombeiros que morreram ou ficaram gravemente feridos no combate aos incêndios florestais, eram jovens! Muito jovens! De tal maneira que é hipocrisia dizer que "apesar de jovem, era um bombeiro muito experiente!". Este é um palavreado já cozinhado do qual a comunicação social usa e abusa. A verdade é que nunca há ninguém suficientemente experiente para combater o monstro dos incêndios, e muito menos pessoas (miúdos) com 19, 20 ou 21 anos.
Não há matos, árvores ou florestas que valham vidas humanas. A não ser que outras vidas humanas estejam em sério risco. O que não me parece ter sido o caso dos bombeiros que morreram este Agosto. Não é com certeza a altura para se falar do comando, mas provavelmente há que rever algumas ordens dadas pelas hierarquias. É certo que eu não percebo nada de fogos florestais, só queria que eles não acontecessem! E até posso perceber - infelizmente - que um grupo ou outro de homens sejam apanhados em contrapé, como aconteceu em anos anteriores, mas haver tantos casos isolados como os deste Verão, acho no mínimo estranho. Até porque de todas as vítimas - entre mortos e feridos graves - não me parece que hajam graduados. É sabido que uma das estratégias de combate - mesmo entre os animais (em especial alguns mamíferos) - é enviar para a frente os mais novos. Mas reitero: esta não é a melhor altura para falar de opções estratégicas sejam competentes ou menos competentes. Apenas tenho que falar agora, porque dentro uns dias já ninguém, nem nenhuma comunicação social, vai falar dos incêndios florestais... O assunto segue, não dentro de momentos, mas dentro de uns nove meses!
2 comentários:
Este é um assunto doloroso para as famílias que ficaram sem estes jovens
Poderia ter sido o meu filho que também é bombeiro.
Aquilo que lhe ouço dizer é que tudo isto é uma politica desgovernada.
Os bombeiros profissionais ficam nos quartéis e os voluntários avançam sem técnica nem conhecimento terreno e de combate.
O governo quer acabar com os bombeiros profissionais - sapadores e vai dando verbas e carros para os voluntários fazerem trabalhos que desconhecem.
Assim vimos que não foram capazes de apagar nada sem os meios aéreos.
E os que sobrevivem ainda são violentamente criticados por não chegarem a todo o sítio!
Abraço
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