"A água não se nega a ninguém" era uma expressão que eu ouvia amiúde da boca da minha mãe quando eu era miúdo de andar pela mão dela. Essa frase era testada, por assim dizer, quando eu e a minha irmã mais velha saíamos com ela e ao fim de um bocado já a estávamos a chatear e a pedinchar água. Na altura acho que nem havia garrafas de plástico e ninguém se lembrava de andar com um cantil.
O "mãe, tenho sede" acabava por aparecer, ou de mim, ou da minha irmã, ou dos dois. Então, a minha mãe procurava um café ou uma pastelaria (locais onde as mulheres praticavam não entravam na altura), e ao balcão pedia um ou dois copos de água. Raramente à água se juntava um queque ou um bolo de arroz, e se sim, era dividido pelos dois. Não me lembro de alguma vez lhe ter sido negado um copo de água, mesmo sem consumir. E nós bebíamos a água de um fôlego, conscientes de que "a água não se nega a ninguém".
(jag)
2 comentários:
"A água não se nega a ninguém" uma expressão muito usada, é certo.
Mas existem outras carências, no meu entender...
CARINHO - atenção também não se devia negar a ninguém...
É VERDADE - TUDO ERA DIFERENTE
Na altura acho que nem havia garrafas de plástico e ninguém se lembrava de andar com um cantil.
E... sobrevivemos!
Então, eu em África
com o calor que fazia
já tinhamos morrido desidratados
....
agora é só mariquices, disto e daquilo!
Por causa de tanta mariquice é que crianças de hoje
nunca serão adultos a 100% - mimos e má educação não levam a lado nenhum.
Não imaginas como admiro a beleza das tuas fotos.
Muito obrigada pelas ideias que recolho aqui.
Venho desejar-te uma Feliz Páscoa, com algumas amêndoas de chocolate!
Está mesmo a apetecer-me... são carências afectivas.
Convido-te a veres a minha chegada a Campanhã
e o domingo de Ramos que passei no Porto.
Estou a gostar da escolha musical.
Beijinhos da Tulipa.
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