segunda-feira, 4 de setembro de 2017

MÉDICOS, ENFERMEIROS, SAÚDE, LOBBIES, PRIVADO... E CADA VEZ MENOS PÚBLICO



É claro que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) é para abater. Os últimos ministros da Saúde e das Finanças, de qualquer que seja o Partido, têm amaldiçoado António Arnauth - o "pai" do SNS - até à sétima geração, por este, no princípio dos anos 80, ter tido a veleidade de tentar democratizar a saúde.

Com o envelhecimento acelerado da população, os lobbies da saúde (até mais que governos ou ministros) consideram um desperdício não estarem já a sugar a medula às pessoas. Mas a pouco e pouco lá vão conquistando terreno, deixando para trás aqueles que não têm qualquer interesse pois nunca farão seguros de saúde e se morrerem é um favor que fazem ao Estado. 

Os médicos (outrora uma classe profissional intocável) e os enfermeiros estão na corda bamba das indecisões pois muitos deles estão (ou sonham vir a estar) com um pé no público e outro pé no privado, ou se possível os dois pés no privado... 

O Estado vai conservar médicos de família, que não irão além de receitarem ben-hurons, e algumas urgências de hospitais, onde as pessoas irão cada vez menos porque morrem mais depressa nas urgências do que se não forem socorridas... 

O resto será tudo entregue a grandes grupos privados, para onde irão como (maus) gestores boys dos partidos e das maçonarias do século XXI...

(jag)

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