Faz hoje um ano que aconteceu em Portugal aquilo que não podia acontecer: incêndios que não foram combatidos logo ao deflagrarem reduziram a cinzas aldeias, viaturas, pessoas e animais. O argumento das alterações climáticas não explica tudo o que se passou.
As temperaturas eram muito elevadas. A vegetação crescera desmesuradamente porque o Inverno e a Primavera tinham sido chuvosos. Os terrenos não tinham sido limpos de matos e outra vegetação. Proprietários aproveitavam os últimos dias antes da chegada do Verão para fazerem as tão tradicionais queimadas.
Tudo isso junto, mais o desordenamento do território português, a incúria de políticos e outros responsáveis foi explosivo. Foi mortífero. Para mais de seis dezenas de pessoas que estavam no local errado à hora errada e para as muitas centenas daqueles que perderam haveres e animais. Que perderam o que restava de uma identidade e de uma realidade desconhecida para os portugueses e para os políticos portugueses das cidades do litoral, como tem mencionado o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
O dia 17 de Junho de 2017 não mais se podia repetir... mas repetiu-se: ainda mais violento e destruidor num dia de Outono mesclado de calor e poeira. Agora - diz-se - é que os dias 17 de Junho e 15 de Outubro de 2017 não podem mesmo repetir-se. Ainda é cedo para afirmar isso pois o Verão e os calores a sério ainda nem começaram, mas há sempre um culpado para acusar, chamado Alterações Climáticas!
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