É Sábado, é Sábado
não há despertador, que bom,
oito e meia é boa hora
para colocar na TV o som
e ouvir as primeiras notícias,
ora bolas, c'um caneco
morreu mesmo Umberto Eco,
a rosa ficou sem nome...
mas eu acordei com fome,
banho mais acelerado
e depois cereais especiais.
A seguir o café matinal
e as gordas dos jornais.
Depois vem a mercearia,
comprar cenouras, batatas,
quiçá, um abre-latas,
para a lata de feijão,
não esquecer de ir ao pão
alentejano mal cozido
o Sol está sumido
mas não está muito frio
talvez um pouco de vento
ver se vou fazer fotos
ali embaixo, à maré
há por lá umas aves
grandes e raras até.
E depois do almocito
vou bater uma soneca
nestas coisas não hesito
até porque logo à tarde
há lançamento de livro
exposições de pintura
conferências e palestras,
mas a ver se me livro
de algumas coisas destas
não chego a todo o lado
isto de andar a correr
ao Sábado não dá
se for uma caminhada
ainda vá que não vá.
À noite deve haver futebol
Benfica, Sporting ou Porto,
já estou a ver isto torto
por causa da arbitragem...
xiii, e agora me lembrei,
que fiz à chave da garagem?
Tenho lá a minha viola
para tocar uma serenata
Mas que cabeça a minha,
mas olha que se lixe
se a lógica é uma batata
nem me vou preocupar
afinal hoje é um dia fixe,
É Sábado, 'bora celebrar!
3 comentários:
Gostei de ler este relato poético de um sábado
Um abraço e bom fim de semana
Cá estamos no Blogue, apesar de não acreditar que deixes durante muito tempo o FB a marinar.
Gostei do poema.
Bom Sábado, :)
Acho que me perdi a meio com tanta energia 😂
Beijinho da Ci
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