Ao Meu Sofá Amarelo chegou por portas travessas que Paulo Portas estava a léguas de saber o que se cozinhava no Governo em relação à tão propalada nos últimos dias TSU - Taxa Social Única. O seu discurso uns dias mais tarde acabaria por ser o resultado de uma combinação entre os principais protagonistas, para justificar da 'melhor maneira' a falta de comunicação no interior do Governo.
Até Vítor Gaspar estava um bocado a leste, sabia de rumores mas nada lhe tinha passado pelas mãos. O ministro das finanças só ficou mesmo a saber o concreto da proposta quando a ouviu da boca do Primeiro-Ministro (PM). A maior parte dos restantes ministros, então, mais do que a leste, estava completamente fora.
E segundo consta, o valor da TSU oscilava entre 15 e 20%. A intenção principal era equiparar os descontos dos trabalhadores com os das entidades patronais. PM e outro ministro acordaram a taxa em 17,5%, que dava um aumento de 6,5% para os trabalhadores e uma descida de 6,75% para os patrões, o valor mais idêntico entre subidas e descidas.
O valor de 18% que consta da versão final foi ultimado já o PM começara o seu discurso: alguém fez sinal ao PM com os dedos das mãos que a taxa afinal era de 18%, por isso o facto de Passos Coelho não ter apresentado números do deve e haver no seu discurso, porque não estavam feitos, e fazê-los de cabeça perante o directo das televisões poderia dar azo àquilo que se tinha passado com um seu antecessor há alguns anos!
O objectivo principal de tão rápida decisão de aumentar a TSU aos trabalhadores foi como um gesto para agradar à Troika o mais rapidamente possível, depois de Portugal ter passado no 5º exame. Um presente ao jeito daquele que as mães de alguns alunos davam aos professores primários quando estes passavam os filhos para a classe seguinte. Só que nessa altura os presentes eram ovos, couves, alfaces, fruta... bom, para dizer a verdade, agora alguns dos presentes para os políticos também são ovos, tomates, fruta...
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