segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

UM (AUTO) PRESENTE DE NATAL ESPECIAL

Nem sempre recebemos de presente aquilo que queremos, mas há algo que aprendemos com o passar do tempo: quando queremos determinado presente, o melhor é mesmo sermos nós próprios a ir buscá-lo... ou comprá-lo! É que se ficamos à espera dele o mais certo é nunca o obtermos!
Um disco de vinyl de 45 rotações e com 4 canções (na altura designado por EP) foi o primeiro disco de música inglesa que o meu pai me ofereceu no Natal ido no tempo! Nessa altura já o The Tony Jackson Group tinha desaparecido há uns anos atrás, tinha feito umas coisas parecidas com aquelas que os Beatles fizeram mas nunca chegou ao estrelato. Tony Jackson tinha sido o vocalista dos The Searchers, e acho que para lá voltou depois!
Ainda conservo o disco original, e tenho procurado por todo o lado a réplica em CD mas nunca encontrei, nem na Amazon.com. Até que há uns dias lembrei-me de dar outra olhada no mais importante site de vendas pela internet e... lá estava! O 'The best' do efémero Grupo! Um bocado carote, diga-se a verdade, mas tão depressa não vou mandar vir mais nada (estou a tentar auto-convencer-me!)
Na verdade o disco não é assim nada de especial, mas também não o ouvi todo: fui directo às 4 músicas que eu conhecia e que me acompanharam muitas vezes há uns anos atrás no gira-discos que o meu pai comprou para eu e a minha irmã estudarmos inglês por uns discos das Selecções do Readers Digest.
Uma das músicas é da autoria de Bob Dylan - 'He was a friend of mine' - mas só descobri que foi cantada numa interpretação ao vivo em 1962 pelo próprio Bob Dylan, e que pelos vistos nunca mais a voltou a cantar, embora já esteja no youtube.
O CD veio da Holanda via amazon.com e com a delicadeza do papelinho amarelo (que não era amarelo) a desejar manuscritamente 'enjoy the music'! E, pronto, isto tudo para concluir que quem quer... procura e manda vir!


sábado, 24 de dezembro de 2011

RETOQUEI OS TIJOLOS DO TELHADO...


Retoquei os tijolos do telhado
mandei vir o limpa-chaminés
pintei o interior de cinza prata
trouxe lenha de terras distantes
acendi um lume dourado
ensaiei a secreta serenata
salpiquei a lareira de diamantes
e pendurei fitas por todo o lado!

E mais: arranjei um sapatinho
que é mesmo do teu tamanho
e em frente à lareira acesa
ao som do crepitar baixinho
e do aroma a framboesa
um tapete vermelho estendi
sentei-me nele e fico à espera
que o Pai Natal te deixe aqui!

A DANÇA DO PERÚ DE NATAL


Era uma vez um peru que até tinha boa vida, se comparada com a vida de outros perus: a capoeira era enorme, tinha um tanque para beber água e tomar banho se quisesse, e por companhia tinha outros perus, galinhas, patos, fracas.
Mas com a aproximação do Natal o peru começou a ficar preocupado: outros animais da quinta tinham-lhe contado que os humanos tinham a mania de utilizar os perus nos jantares de Natal! E não como convidados! Mas sim fazendo parte da refeição, quer dizer, sendo mesmo eles o principal da refeição!!!
Mas aquele peru gostava de viver! Adorava o Sol, que mesmo no Inverno, brilhava sempre intensamente naquele espaço enorme de que ele e os seus amigos desfrutavam. Mas, o dia vinha chegando...
Foi então que ele pensou que tinha que inventar algo de diferente para que pudesse sobreviver e lembrou-se de começar a ensaiar uma espécie de dança: abria as asas - coisa que os perus raramente fazem - e pavoneava-se na ponta das patas, de tal maneira que os humanos começaram a reparar e ao longe na cerca de arame apontavam-lhe, não uma faca, mas uns objectos pequenos que disparavam uma luzinha de vez em quando. No fim batiam palmas!
E muitas vezes o peru vez a dança, que cada vez os passos lhe saiam melhor!
Mas só descansou quando um dia um dos humanos foi dentro da capoeira e disse em voz alta: 'meus amigos, a partir de agora nenhum de vocês fará parte de qualquer prato, apenas queremos a vossa companhia e um ovo de vez em quando. Um bom Natal para vocês!'.
E foi assim que o peru dançante se salvou a si e toda a bicharada da capoeira! Não tinham bolo-rei nem champanhe mas festejaram com a farta ração melhorada nesse dia!

(Peru fotografado na Quinta do Alcube,
algures entre Azeitão e Setúbal)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

EXPOSIÇÃO 'ARQUITECTURAS' ATÉ AO FIM DO MÊS EM SETÚBAL

No Museu de Arqueologia (MAEDS)

Em baixo: algumas das minhas cerca de 50 fotos que estão em vídeo-projecção na Exposição






terça-feira, 20 de dezembro de 2011

DEZEMBRO EM LISBOA EM DEZEMBRO

'Olha, se calhar não podemos estar aqui sentadas no chão. Já vem aí um indivíduo recolher-nos!!

De pernocas ao léu e de bicicleta à toa, vê-se mesmo que estamos em Dezembro em Lisboa.

E eis que se aproxima mais um elemento, mas este já tem a licenciatura toda!

O Natal em Portugal!

O cenário não é assim muito bonito, mas a Mãe-Natal logo tratará de dar um jeito no photoshop celestial!


quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

EIS O MEU JARDIM SECRETO...

TÃO SECRETO, TÃO SECRETO...

QUE NEM EU SEI ONDE FICA...


domingo, 11 de dezembro de 2011

MELHOR QUE IR PARA OS CENTROS COMERCIAIS É DESCOBRIR OS PORMENORES DA CIDADE

A manhã de hoje estava chuvosa (prova disso é a parte do guarda-chuva que ficou na foto e não só!) e enfeitada de nevoeiro...

Mas ainda assim foi muito melhor deambular pela cidade que estar num centro comercial apinhado de (muita) alma humana!

Até os pombos nos quiseram saudar com bater de asas, pousados nos pormenores da cidade...

Locais onde passamos todos os dias mas não vemos os pormenores que lá estão e que transpiram história...

Há varandas que são janelas do olhar e onde as ventoinhas no Inverno até parecem ter também um sentido na paisagem urbana!


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

LUA AZUL, LUA AZUL, EM TONS DE AZUL LUAR

Lua azul, Lua azul
que brilhas no lado norte
quem me dera, Lua azul
que me trouxesses a sorte
de me poder encantar
com o teu azul sereno
em mar de tranquilidade
onde o vento sopra ameno
em tons de azul luar,
Lua azul, Lua azul
se me quiseres encontrar
eu não estou no lado sul
e no leste muito menos
talvez a sobrevoar
tua iluminada face
desenhada a carvão
se me quiseres levar
pede ao vento que passe
e me leve sem hesitar
para outra dimensão!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

ARQUITECTO GONÇALO RIBEIRO TELLES, UM HOMEM NA CIDADE

O Arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles foi hoje homenageado na Gulbenkian, como todos os grandes homens devem ser homenageados em vida. Não consegui lá estar mas aqui ficam algumas das fotos que lhe fiz nos últimos tempos!

Lisboa é uma cidade bonita vista de longe, em especial vista do Tejo pela manhã... depois de estar dentro de Lisboa coisas tem a capital que já não a fazem assim tão bonita... mas muito pior seria se não tivesse havido um homem como Ribeiro Telles para minorar o mal que fizeram a Lisboa!

Exposição do Plano Verde no ano passado, muitos metros de exposição com a história geológica, ambiental, social e cultural de Lisboa com dezenas de desenhos e mapas feitos por Ribeiro Telles, assim como o texto!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

ASSIMÉTRICAS SIMETRIAS... OU OLHARES POR INVENTAR!


Se o mundo fosse
feito de simetrias,
o outro lado da alma
seria a cópia do lado
de cá da palma,
igual ao reflexo
contido nos espelhos
desfocados do sonho,
horizonte de imagens
moldadas pelo olhar,
compostas por
muitos pedaços
de um hino
por inventar!