Portugal arde sobretudo por falta de estratégia e de valores. Não são as matas de carvalhos, faias, azinheiras, sobreiros ou pinheiros mansos que ardem, mas sim as colónias de pinheiros bravos e eucaliptos que foram introduzidas em Portugal há poucas décadas e que se disseminaram por quase todo o território, invadindo áreas de cultivo e zonas com outras vertentes de flora.
A maioria dos fogos em Portugal são, portanto, resultado de uma política florestal e ambiental adequada a um país que é de clima moderado mas que tem picos de muito calor. Portugal - infelizmente - vai continuar a arder e até se sabe onde vai arder: nos locais onde houve grandes incêndios há 8, 9 anos, porque a vegetação aí já se regenerou e está pronta para arder... de novo!
Enquanto houver falta de coragem política e a incompetência e falta de estratégias a médio e longo prazo Portugal vai arder... pelo menos enquanto houver 'lenha' para arder!
11 comentários:
Eu acho que Portugal arde devido a uma grande falta de consciência social.
Beijinhos
É triste ver isto todos os anos!
Só uma ressalva para o pinheiro bravo, que é uma árvore ancestral cá no rectângulo, tanto que foi com ele que foi plantado o Pinhal de Leiria.
O resto é desleixo puro e simples, secundado pelo interesse dos madeireiros e das celuloses.
braço
Quando o poder político
se agaixa ao poder económico
o país ARDE
Olá,
Já não vinha cá há um tempo e tive algum trabalho para ler tudo o que perdi mas como estava bem sentada não me custou nada !
Quanto aos fogos, é triste ver Portugal a arder desta maneira !
Beijinhos
Verdinha
Todos os anos a história se repete basta começar a onda de calor.
É assim...
Beijokas
Quanto mais longe o homem viver da relação directa com a terra, menos respeito tem por tudo aquilo que ela gera.
O desleixo, com o mato a crescer desordenado nas florestas, a reflorestação economicista e o crescente interesse pela utilização do fogo para resolver problemas económicos, de ordenamento do território e quezílias pessoais; são disso exemplo.
É triste sim, mas acima de tudo é revelador do desnorte em que vivemos!
Nunca se falou tanto em preservação ambiental, como agora e, no entanto, nunca antes se maltratou tanto a natureza.
Um beijinho
Portugal arde por (ir)responsabilidade colectica.
Um abraço.
O nosso País arde, e nós também ardemos!... Ardemos com toda esta confusão que vemos à nossa volta e que não sabemos onde irá parar...!
Onde iremos nós parar...?
E quando...?
E como...?
Quando terá este País um rumo e um timoneiro?
Tantas contradições e desilusões!
A continuação duma boa semana.
Maria
Acho que existe muita incúria dos proprietários de terrenos.
yep, também voto na incúria de proprietários como factor relevante no fenómeno, sempre aditivado pela espectacularidade fomentada pelas televisões das chamas
de resto, o território peninsular de Portugal tem um um terço de floresta, somos (por incrível que possa parecer aos mais precipitados) um País com pergaminhos em política florestal, a fileira da floresta é um dos motores da nossa economia
a pressão mediática e política faz acorrer demasiada atenção e demasiados recursos ao combate ao fogo florestal - a maior parte das vezes esbanja-se dinheiro e arrisca-se a vida de bombeiros, militares e populares para salvar... coisíssima nenhuma
de há muitos anos para cá, o Brasil deixa arder o mato e restringe a actuação da protecção civil à salvaguarda de pessoas, animais e casas
durante muitos anos acompanhei de perto a problemática dos fogos florestais, por razões profissionais - e sei que quando se dramatiza demasiado a questão, tende-se a agravá-la
em todo o mundo há fogos florestais e já os havia mesmo antes de existir a humanidade
que o assunto pode ser melhor gerido fica assente, mas parece escusado alimentar a teoria da conspiração - e quem não trata do seu pinhal deveria ser obrigado a reparar os prejuízos causados a terceiros
hoje há regras técnicas, informação disponível e recursos adequados para uma prevenção eficaz: quem se desleixa deve ser responsabilizado
e honra seja feita aos soldados da paz, pela vigilância e tenacidade no combate às chamas e a outras maleitas, naturais ou resultantes da incúria humana, que amiúde no ameaçam o sossego
;_)))
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