sexta-feira, 25 de novembro de 2011

E QUE TAL INSTAURAR A PENA DE MORTE PARA CRIMES DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA?

O mais grave no que diz respeito à violência doméstica é o facto de ela ser cometida por pessoas (na sua grande maioria homens!) que deveriam ter respeito e pelo menos estimar quem com eles vive o dia-a-dia, não só a Mulher companheira, como os filhos também!

Nos primeiros 9 meses deste ano 23 Mulheres foram assassinadas pelos maridos / namorados / companheiros, muitas delas à frente dos filhos, geralmente menores. O ano passado o número de vítimas de morte de violência doméstica foi de 39 (39!!!), e pelos números deste ano as autoridades falam numa diminuição de 8%. HIPOCRISIA! Desde que haja uma Mulher vítima de violência doméstica em qualquer lado e em qualquer hora não pode ser motivo de números nem de estatísticas! Uma, basta uma! Mas, não: só em 9 meses deste ano houve cerca de 22 mil queixas por violência doméstica. Se levarmos em linha de conta que só 5% das vítimas se queixam, isso leva a que mais de 400 mil Mulheres já foram vítimas de algum tipo de violência doméstica até agora. Se contabilizarmos os tais 'companheiros' e os filhos isto pode abranger uma população de 1 milhão e meio de portugueses! E isto muito por baixo, com certeza!

Para mim não há desculpas nem atenuantes na violência doméstica, muito menos nos crimes de morte e menos ainda quando são cometidos à frente dos filhos! Tolerância zero para os autores de violência doméstica! E que tal mudar a legislação e instaurar uma pena de mortezita para os estupores violentos e criminosos?

Falar em pena de morte nos dias que correm pode ser entendido como anti-humanismo, como um regresso aos tempos das trevas, mas se calhar os familiares de vítimas indefesas seriam os primeiros a concordar com ela. É que a lei portuguesa ainda é muito benévola para com os homens, e os criminosos como muitas vezes praticam os actos sob o álcool, drogas ou ciúmes exacerbados, até se portam bem nas cadeias e ao fim de poucos anos estão em liberdade! Quem já não estará então em liberdade nem sequer com bater de coração serão aquelas que eles assassinaram!

NOTA (depois do 7 primeiros comentários): quem me conhece sabe que não advogo estas práticas, no entanto não achei outro título capaz de criar controvérsia e assim provocar algum confronto de ideias num tema tão actual! Obrigado pelas vossas opiniões!

7 comentários:

ematejoca disse...

ASSINO!!!

Maria de Fátima disse...

"mas se calhar os familiares de vítimas indefesas seriam os primeiros a concordar com ela"
por este argumento nunca deixaríamos de ter pena de morte!
se não concorda com a pena de morte,retrate-se do que propõe neste artigo! a pena de morte é sempre um acto de assassinato premeditado efctuado pela sociedade e não um acto de justiça...

Filoxera disse...

A pena de morte é a violência extrema.
A violência doméstica nem sempre é notória; assume, muitas vezes, contornos ténues, os agressores são muitas vezes pessoas inteligentes e sabem fazê-la "pela calada".
E chegam a "virar o jogo" junto das autoridades.
Mas hão-de arranjar-se formas eficazes, sem recurso à pena de morte, para neutralizar e punir. Quero acreditar que sim.
Beijos.

Ju disse...

Estou inteiramente de acordo com o que escreve. Na verdade, lamento dizê-lo, mas só a pena de morte para travar estes energúmenos.

lino disse...

Discordo frontalmente da pena de morte, como não entendo que ninguém fale dos homens que são vítimas da mesma violência doméstica, só porque as mulheres não costumam matar e os homens têm vergonha de se queixar! Olha que não são tão poucos como isso, mas não existe nenhuma organização a quem possam recorrer.
Abraço

Ezul disse...

Nunca poderei concordar com a pena de morte, seja em que circunstância for.Li aqui uma definição que subscrevo: " é sempre um acto de assassinato premeditado efctuado pela sociedade e não um acto de justiça..." Afinal, um assassino é alguém que tira a vida a outra pessoa, não é?E um acto "premeditado" é horrivelmente frio e brutal, o que é suposto ser próprio dos criminosos. Compreendo que a vítima, levada pelo desespero e em auto defesa, possa causar a morte do agressor, o que tem todas as atenuantes possíveis. Mas como aceitar que a sociedade cometa tal acto?

Fernando Vasconcelos disse...

Creio que a pena de morte não deve ser aplicada em caso algum e logo nestes casos em particular também não. São certamente casos de violência extrema e alguns deles desprezíveis outros simplesmente deploráveis movidos por paixões cegas e de total descontrolo emocional. Notem que não serve de desculpa ou de atenuante é simplesmente o motivo, o móbil. Em todo o caso mais do que a punição porque raramente estes casos são "imprevisíveis", mais do que a punição dizia importa tentar evitar e prever agindo com rapidez enquanto ainda há solução para a vitima e eventualmente cura para o agressor. Nesse sentido mais do que propor a pena de morte após o acto acho que se deveriam melhorar muito em rapidez os processos judiciais e os esquemas de protecção às vitimas potenciais. Porque mais que punir gostaria que pudéssemos mesmo salvar vidas ...