terça-feira, 30 de dezembro de 2008

TEMPO DE BALANÇO DO ANO DE 2008

O PORQUÊ DAS COISAS
QUE NÃO TÊM RESPOSTA AOS PORQUÊS!


Sofá Amarelo porque - e depois de quase 3 anos nestas andanças de blogues - descobri que fundamentalmente todos temos um Sofá na Vida! Não necessariamente amarelo, mas um Sofá! E nesse Sofá sentam-se as mais diversas pessoas ao longo da nossa passagem por estas paragens! Algumas pessoas sentam-se no Sofá e ali permanecem para sempre; outras sentam-se no Sofá num momento e levantam-se logo no momento seguinte; outras quase que se sentam mas acabam por não se sentar; outras ainda, sentam-se, depois levantam-se, depois voltam a sentar-se; outras sentam-se no Sofá durante muito tempo, depois levantam-se e nunca mais se voltam a sentar!

No Ano de 2008 tive todo este género de pessoas sentadas no meu Sofá! Até porque o Ano de 2008 foi o ano mais Intenso aqui do Sofá Amarelo! Não sei dizer se bom se mau, Intenso apenas! Prefiro defini-lo assim... até porque no meu vocabulário, Intenso anda muito próximo do... (será revelado no próximo ano!)

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

BLOG DO ANO:


Pela força que nos transmite a todos

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

FOTO DO ANO:
porque nunca tinha tido quase 200 anos de mãos
a agarrarem a minha mão (auto-retrato)



- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

HISTÓRIA DO ANO:

Das muitas historinhas que escrevi escolhi esta porque na altura fazia algum sentido... ou se calhar não fazia sentido nenhum... talvez por isso a minha escolha: gosto das coisas que fazem sentido sem terem necessariamente sentido!

HISTÓRIA LINDA!

ELE rompeu com ELA quando a relação entre ambos estava no auge! Quando a concretização dos sonhos a dois, dos projectos a dois, de todas as cumplicidades, estavam prestes a tomar forma... Mesmo a cumplicidade máxima! ELA nunca percebeu porque razão ELE a trocara por outra pessoa. E logo nessa altura! E ELE também nunca explicou.

Entretanto, ELE assumiu uma nova relação e uns meses mais tarde a nova namorada engravidou. Não estava previsto isso acontecer mas ELE até sorriu com a ideia de concretizar um sonho que nunca tinha acontecido na relação anterior! Mas a nova namorada - invocando que ainda era muito nova e que tinha uma carreira pela frente para gerir - convenceu-o a desmanchar aquilo que tinham feito em comum. E como a mulher é dona do seu corpo tudo aconteceu no dia 30 de Fevereiro: a nova namorada dele entrou na clínica e em poucos minutos desfez os sonhos mais lindos...

... Nesse dia e à mesma hora, ELA sentiu um movimento no seu corpo como se algo viesse de fora e se implantasse nele. Sentiu uma sensação de felicidade! Olhou-se ao espelho: o seu corpo mudara, havia algo dentro do seu ventre - alguma coisa que respirava e que se mexia... que tinha vida! Meses mais tarde o seu sonho de sempre concretizou-se: ELA só não pôs o nome dele ao filho porque achou que não o devia fazer... tirando isso, as semelhanças entre ELE e o bebé eram por demais evidentes...




O LUGAR DA FOTO

Raffaello, um dos poucos doces de que aqui o Sofá Amarelo... aprecia! Se gostam sirvam-se à vontade, tenho mais umas quantas caixas para abrir...

O LUGAR DA HISTÓRIA

ELE SEMPRE O QUIS FAZER...

Ele sempre o quis fazer! Mas nunca tivera coragem para o concretizar! Temia um pouco as consequências de tal acto... É certo que uma vez tentou, mas ficou muito longe de se dar por satisfeito. Ficou, digamos, a meio do percurso. Mas desta vez ele estava mesmo determinado a fazê-lo, a ir até ao fim. Até contou o desejo a alguns amigos, que se fartaram de rir e muitos deles preveniram-no que se ele o fizesse poder-se-ia arrepender... que essas coisas podem desejar-se, mas não se fazem! Desejos desses devem ficar só na mente!

Só que este último «aviso» funcionou como o derradeiro estímulo, como o largar de seta quando o arco está esticado ao máximo e... depois da seta lançada já nada a fará voltar atrás (hum, um tema para outra historinha!): ele queria tanto fazer aquilo que achou a ocasião a ideal, tempo de Natal, festas, doces... aliás, já em anos anteriores ele tinha pensado pôr em prática tal plano mas por um motivo ou outro nunca o realizara. Agora sim, estava tudo preparado, até porque ele se tinha prevenido com antecedência... não faltaria material para o fazer em pleno, talvez até nem necessitasse de tanta coisa...

E pronto, ele abriu várias caixas de Raffaello... despejou os bombons com sabor a côco sobre a mesa de Natal, a lareira estava acesa... a música era apropriada... e começou a comer, a comer, acomer... Raffaellos... até chegar ao ponto de... de... adivinhem... calculem... de ficar saciado? Satisfeito? Será? Vejam as cenas dos próximos capítulos (ler esta última frase com sotaque brasileiro!)... pronto, está bem, vou revelar agora, ok, até ficar com... uma grande... dor de barriga!!! Mas valeu a pena...

domingo, 28 de dezembro de 2008

O LUGAR DA FOTO

Os Gatos da minha Tia

Todos os anos pelo Natal visito as minhas tias: uma delas tem muitos gatos e parece que de ano para ano eles crescem sem problemas demográficos! E - privilégio dos gatos - há sempre um aquecedor permanentemente aceso e um divã só para eles! Na foto apenas uma amostra dos bichanos!

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

O LUGAR DA HISTÓRIA

ATIREM PARA LONGE...

«Atirem fora, atirem fora... atirem para longe!» - este grito ouvia-se repetidamente pelos campos encharcados de uma chuva que persistia em cair em dilúvio! Todos tinham corrido para debaixo dos abrigos, mas os mais lentos já lá chegaram completamente molhados! O céu não avisou que iria abrir as torneiras na sua máxima força! E os mesmos gritos continuavam a ecoar pelas pradarias: «atirem fora, atirem para longe!»... e todos atiraram para o mais longe possível...

Entretanto, o ribombar dos trovões aumentava de tal maneira que se adivinhava a passagem da trovoada mesmo por cima das cabeças das pessoas... que se abrigavam num sítio nada aconselhável em tempo de trovoada: debaixo das árvores, apesar dos protestos de quem gritava!

«Atirem fora, atirem para longe...» - os gritos eram quase abafados pelo barulho da chuva e dos trovões... os relâmpagos iluminavam o entardecer... um raio caiu a alguns metros de um grupo que se abrigou debaixo de um sobreiro frondoso... foram breves minutos mas para aquela gente pareceu uma eternidade!

Ainda a chuva não abrandara de todo e já o capataz mudava o discurso de alta voz: «saiam e voltem ao trabalho! depressa que o Sol já se vai pôr!». E as dezenas de mulheres e crianças saíram debaixo das árvores, caminharam uns metros e agarraram as foices que tinham atirado para longe para não serem atingidas pelos relâmpagos... tinham feito uma pausa forçada na ceifa, pausa que lhes seria descontada na jorna...

sábado, 27 de dezembro de 2008

ISRAEL VERSUS PALESTINA OU VICE-VERSA!


O barril não é de petróleo nem de pólvora... o barril agora é nuclear... e o Mundo acordou ontem surpreendido pelo ataque de Israel à Palestina! Sabe-se que não há efeito sem causa e as provocações dos palestinianos nos últimos meses aos israelitas podiam dar no que... deu! E como tudo o que mexe com os mundos árabe e israelita é altamente explosivo pode estar aí um cenário de... terceira Guerra Mundial! Em final de ano que é para não nos esquecermos que isto tudo assenta em pés de... plasticina, nem sequer já de barro!




quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

O DIA DE NATAL NA PRAIA...


Os portugueses não têm muito costume destas coisas mas o Dia de Natal foi aproveitado por muitos para pôr o pé na areia da praia, apesar do frio. Mudam-se os tempos, mudam-se os hábitos dos portugueses... o que não muda mesmo são as roupas escuras que os portugueses envergam quer seja Inverno, quer seja Verão...

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

NATAL...

O ANJO virou-se para mim e disse que se sentira verdadeiramente FELIZ por aquele momento em que eu estive ali à conversa... depois quis encher-me de presentes... e eu disse que não queria nada... a sua felicidade já me fazia muitooooo... FELIZ!


... e a Felicidade total vai chegar no dia em que a Gigi (clicar) estiver completamente recomposta.
A maior FORÇA para ela!!!


E porque hoje é dia de IN-DISCRETO aqui fica uma foto de quem está FELIZ e não se importa com quem passa... porque a FELICIDADE não tem hora... nem local... usufrui-se dela quando ela chega!

Por isso sejam

FELIZES!!!


terça-feira, 23 de dezembro de 2008

NA VIDA HÁ SEMPRE UMA VIAGEM INESPERADA...

... Inesperada e irrepetível! Na vida há viagens que nos desafiam quando menos esperamos... e quando assim é, é só embarcar... porque viagens destas não aparecem todos os dias... só acontecem quando sonhamos com a alma e nos deixamos levar no vento...

domingo, 21 de dezembro de 2008

ROSA DE INVERNO... PORQUE HOJE É DIA DE SOLSTÍCIO!


Saí por aí à procura
de uma rosa
que não fosse de Verão
nem de Primavera,
que não cheirasse a Outono,
uma rosa que fosse apenas
uma quimera
sem dono!

E porque tudo
o que queremos fazer
fica feito... se o fizermos,
e porque tudo
o que queremos dizer
fica dito... se o dissermos,
e ainda talvez
porque tudo é eterno
se nós assim o quisermos...

Aqui fica uma Rosa,
aquela que vos trarei,
é uma Rosa de Inverno...
a única que eu encontrei!

sábado, 20 de dezembro de 2008

UHF e ANTÓNIO MANUEL RIBEIRO EM ALMADA - O MELHOR DO ROCK PORTUGUÊS

Os UHF jogaram em casa... e ganharam! Talvez o melhor concerto de uma banda portuguesa rock - mais de 3 horas de canções e de conversa - tempo para repescar Renato Gomes e Carlos Peres da formação original dos UHF. Imperdível e irrepetível, com certeza! O Sofá Amarelo esteve lá, ou não fosse o concerto em Almada...


quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

ELA ESTAVA AFLITA DO OUTRO LADO DO TELEMÓVEL...

Quando ele atendeu o telemóvel ouviu-a ofegante do outro lado. Ela articulava umas palavras quase imperceptíveis num tom de voz desarticulado e sonorizado. À primeira vista (neste caso, ao primeiro ouvido!) até lhe pareceu que a estariam a assaltar... ficou preocupado... mas logo percebeu que não era isso!

Ela requisitava a presença dele em casa dela com a maior brevidade possível! Ela gritava, gesticulava (quer dizer, ele não via, mas adivinhava), esperneava (idem do entre parêntesis anterior), e, apesar de ele estar no outro lado da cidade, não viu outra solução senão meter-se ao caminho e ir ver o que se passava... aliás, começava a ficar preocupadíssimo que a namorada pudesse estar a ter um princípio de um qualquer ataque... o que notou ao telemóvel é que realmente ela não estava bem...

Era manhã, estava frio, nevoeiro, o dia mal raiara ainda mas ele teve que vir para a rua a correr... envergou a roupa que tinha à mão, deslizou até ao carro e fez uma maratona pelas ruas e ruelas da cidade. No ouvido levava o auricular do telemóvel pois sabia que ela iria voltar a ligar a qualquer momento... e assim foi: nada estava resolvido ainda em casa dela, os gritos continuavam e ele sentia-se cada vez mais impotente para a poder socorrer... De repente ela serenou, ele deixou de ouvir qualquer ruído e a chamada caíu ou ela desligou!

Chegou ao quarteirão dela, subiu a rua, deixou o carro estacionado em 3.ª fila, correu para a porta da rua, tinha a chave (namorada que se preze dá pelo menos a chave da porta do prédio ao namorado!), não esperou pelo elevador, subiu as escadas três a três degraus, chegou lá acima com os bofes de fora, bateu à porta pois já nem tinha forças para tocar a campainha... imaginava todos os cenários possíveis, nestes casos sempre os piores.

Mas eis que ela abriu a porta e ele entrou disparado no corredor da casa. Pasmou-se com o ar sereno da cara dela... parecia que estava tudo bem... mas afinal o que se tinha passado para tanto alarido?, ele inquiriu ainda com a respiração ofegante! «Ah!», disse ela, «não conseguia apertar o colchete do soutien... mas entretanto consegui... depois de muito esforço... escusavas de ter vindo!»

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

ÀS QUARTAS É DIA DE... IN-DISCRETO!

... Mas mais uma vez a máquina disparou sem que o dono desse por isso - só quando revelou as fotografias é que o fotógrafo reparou... ops, esta não pega! Já ninguém usa rolos de fotografia, bom, tenho que inventar outra! Sim, já sei o que foi: estava um frio danado no Salão de exposições e o fotógrafo só queria ter uma prova para dizer à miúda que podia apanhar uma pontada de ar nos rins... é que os collants eram muito fininhos... e com as correntes de ar não se brinca!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

ELE SOBREVIVEU A UMA SÉRIE DE COISAS, ATÉ QUE...

Foram as 24 horas mais cheias e mais arriscadas da vida dele! Embora não fosse muito aconselhável, decidiu ir fotografar a conferência onde participava um conhecido político, um alvo preferencial de terroristas. Esteve lá, fez duas centenas e meia de fotos... e recebeu entretanto um telefonema: teria que ir nesse dia de chuva , vento e frio para uma cidade da província que distanciava só... cerca de 400 km dali!

Preparou-se para sair, ninguém o revistou nem à entrada nem à saída... Correu para o carro que estava estacionado três quarteirões mais acima ainda a tempo de ouvir uma enorme explosão oriunda do sítio onde tinha estado... nem teve tempo de se certificar do que acontecera: dentro do carro acelerou até à congestionada auto-estrada - galgou quilómetros sobre quilómetros debaixo de um temporal tremendo... na área de serviço onde decidiu parar para comer alguma coisa viu quatro indivíduos encapuzados a assaltarem a caixa do multibanco: só teve tempo de dar meia volta e seguir...

Bastante mais à frente e na altura em que mais chovia assistiu a um tremendo acidente com os carros que iam à sua frente a voarem uns por cima dos outros... conseguiu passar apesar da travagem forçada! Chegado à cidade de província o hotel que lhe tinham reservado não era aquele - teve que andar à procura do outro quase às 2 horas da manhã... no hotel onde depois ficou teve que mudar duas vezes de quarto: no primeiro o aquecimento estava avariado e no segundo havia uma torneira que fazia ping-ping...

No dia seguinte teve que estar no congresso e no salão dos stands ao mesmo tempo, ainda por cima os locais de uma coisa e outra eram um pouco distantes... a correria continuou até que surgiu a hora de regressar pois tinha outra coisa marcada à tarde na capital... mas nada mais lhe poderia acontecer... sobrevivera a todas as intempéries e atentados... parou num restaurante para almoçar, viu a lista, pediu um bacalhau à portuguesa...

... A ambulância chegou no meio de um grande alarido! havia vários clientes e funcionários no restaurante, parecia que todos queriam ajudar mas não havia mesmo solução: depois de ter sobrevivido às 24 horas mais complicadas da sua vida ele ia agora a caminho do hospital para tirar... uma espinha de bacalhau que se espetara na garganta!!!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

ELA ERA UM ALVO FÁCIL POIS NUNCA FECHAVA OS ESTORES!

A janela da cozinha dela dava para uma rua muito motivada. Mesmo durante a noite havia sempre pessoas e carros a passarem de um lado para o outro. E agora no Inverno que anoitecia tão cedo... e ela tinha sempre os estores abertos, deixando ver todos os pormenores da cozinha quando a luz estava acesa. E a luz estava acesa sempre!

Quem estivesse na rua à noite podia observá-la a cozinhar, a abrir o frigorífico, a pôr a mesa, a limpar as mãos às toalhas pequenas, a colocar o jantar na mesa, a sentar-se na única cadeira branca, a comer, a beber, a levantar os pratos, a colocá-los no lava-loiças, depois na máquina... era assim a rotina nocturna dela... e qualquer um que passasse na rua a podia observar ao pormenor!

Os amigos que passavam na rua um dia chamaram-lhe a atenção para o alvo perfeito que ela era ali exposta na luz da cozinha. Alguém a coberto da escuridão da noite podia praticar o crime perfeito... era só fazer pontaria cá de fora e... zás! Ainda para mais com a criminalidade gratuita que grassava por aí! E a solução era fácil, diziam os amigos, era só ela baixar os estores e pronto, ficava em segurança.

Mas ela não deu muita atenção às recomendações dos amigos. Até que um dia notou um indivíduo estranho a rondar a sua janela. Estava muito longe, ela não conseguia vê-lo bem, mas bem que ele podia ser um criminoso pronto a puxar de uma arma, apontá-la à janela e disparar certeiramente... aliás, pelo carnaval ela tinha sempre problemas com sacos de água a baterem-lhe nos vidros...

Nos dias seguintes ela atentou no tal vulto que voltava todas as noites e decidiu que no dia seguinte fecharia então os estores para não correr riscos desnecessários...

Mas... tarde de mais! Aconteceu tudo muito rápido! Ela nem teve tempo de raciocinar! Aconteceu! O impensável! Apesar dos amigos lhe chamarem muitas vezes a atenção, ela não estava nem para aí virada! Mas tantas coisas na vida que acontecem sem avisar, quando a pessoa está distraída... o tiro foi certeiro, em cheio no coração, não havia volta a dar-lhe, ela estava irremediavelmente atingida pela... seta do cupido: acabou por casar com o indivíduo que a observava lá de baixo da rua e viveram muito felizes para sempre! Ah, é verdade: tiveram que comprar outra cadeira branca porque ela só tinha realmente uma cadeira... e, como se sabe, para «chamar» para perto de nós aquela pessoa especial há que ter tudo em duplicado...

domingo, 14 de dezembro de 2008

O MAESTRO DO CABELO BRANCO E LISO QUE CAÍA PARA A FRENTE QUANDO ELE AGRADECIA!

A HISTÓRIA

O concerto tinha sido divinal! Milhares de pessoas de pé aplaudiram durante 20 minutos as várias dezenas de músicos, as duas centenas de pessoas do coro, os seis cantores e em especial o maestro do cabelo branco e liso que caía para a frente quando ele agradecia... No entanto, ele estava inconsolável! Não que tivesse havido uma nota fora de tom ou uma voz uma oitava abaixo ou acima. Nada disso!

Ele estava inconsolável... tudo tinha corrido tão bem e no fim... tunga! Desastre! O maior da sua carreira! Coisas que não se repetem, oportunidades únicas na vida, podem passar mil anos e nunca mais acontecerá algo parecido... para o ano? Ora, para o ano já nada poderá ser como foi!

Pois é... o fotógrafo fez centenas de fotos do concerto e do maestro e perdeu a melhor, a irrepetível, a única, a soberba, a da diferença... o beijo que o maestro do cabelo branco e liso que caía para a frente quando ele agradecia deu nos lábios da jovem namorada no fim do concerto...

sábado, 13 de dezembro de 2008

ORQUESTRA SINFÓNICA JUVENIL - MAGIA NA AULA MAGNA EM LISBOA



Um espectáculo que se realiza apenas uma vez por ano: a Orquestra Sinfónica Juvenil com vários coros e dirigida pelo maestro Bochmann... uma dádiva! Mais uma...

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

PRIVILÉGIO DE VER, OUVIR E FOTOGRAFAR BALTAZAR GARZÓN


Foi na Casa do Alentejo pela comemoração dos 60 anos dos Direitos Humanos e pelos 10 anos do Nobel de José Saramago

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

JOSÉ SARAMAGO: 10 ANOS DE NOBEL

A Casa do Alentejo foi a anfitriã para comemorar os 10 anos do Nobel da Literatura de José Saramago - oportunidade para reunir muitos amigos e admiradores - Carlos do Carmo (e muitos outros) abrilhantou o fim de tarde com alguns dos seus fados, alguns dos quais ele já não cantava há mais de 20 anos. O Sofá Amarelo esteve lá...


quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Porque hoje é
dia de foto


IN

DIS

CRE

TA

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

DOIS CAFÉS - UM É CURTO - E UM COPO D' ÁGUA...

A FOTO

A HISTÓRIA

Dois cafés - um é curto - e um copo d´água...

Todos os dias eles iam os dois tomar café juntos! E todos os dias tomavam café no mesmo local! E todos os dias eles faziam o mesmo pedido: dois cafés - um é curto - e um copo de água! E todos os dias punham os cafés e o copo d' água num tabuleiro! E todos os dias levavam o tabuleiro para a mesma mesa! E todos os dias à mesa do café contavam histórias... e todos os dias à mesa do café fartavam-se de rir... em conjunto! E todos os dias à mesa do café bebiam do mesmo copo - tinham a mania de pedir apenas um copo d' água!

Até que um dia ele não pôde ir! Mas ela não hesitou, fez o mesmo pedido : dois cafés - um é curto - e um copo d' água! E levava as duas chávenas e o copo num tabuleiro para a mesa do costume... bebia o café normal e o curto ficava ali... e assim se passaram vários dias! À hora habitual no local habitual lá estava ela a fazer o pedido habitual: dois cafés - um é curto - e um copo d' água!

Mas um dia ele voltou! A menina do balcão piscou-lhe o olho e ele percebeu... aliás, outra coisa ele não podia esperar dela! E tirou a lição para o resto da vida: quando queremos alguém ao nosso lado devemos tomar as mesmas atitudes dos dias em que temos essa pessoa ao nosso lado! E parece que resulta, segundo me garantiram... Eles voltaram a pedir dois cafés - um é curto - e um copo d' água... mas a partir daí o café curto nunca mais ficou por beber...

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

A FOTO

A Vida é um puzzle de arcos e pilares onde é possível encontrar luzes ao fundo do caminho... mesmo quando parece que já nada brilha...




A HISTÓRIA
O almoço mais longo da história

Eles combinaram um almoço no feriado de 8 de Dezembro. Seria o primeiro almoço a dois e a primeira vez que estavam a sós um com o outro, depois de se terem conhecido por acaso uns dias antes. Escolheram um normalíssimo restaurante até porque nesse dia não havia muita coisa aberta. Começaram por escolher as ementas e curiosamente optaram pela mesma coisa. Mas primeiro as entradas, manteiga, azeitonas, queijos, frescos e secos, patés e... porque não caviar?

Mas este seria o almoço mais longo da história... antes de pedirem as bebidas sairam e só voltaram ao fim de alguns meses... foi então que pediram um vinho tinto alentejano, uma reserva muito, muito especial... voltaram a sair... as sopas vieram ingeri-las muito tempo depois! O almoço dos dois já contava mais de dois anos, imagine-se!

Quando vieram degustar os pratos principais até já tinham outra aparência: ela estava um pouco mais gordita e ele tinha cortado a barba... assim se passaram mais uns anos, até que chegou a vez das sobremesas! Quais pedir? Desta vez optaram por sobremesas diferentes, assim poderiam trocar um com o outro... as sobremesas prolongaram-se por mais uns anos... até que chegou a vez dos cafés, sim, ambos bebiam café e gostavam de café, podiam beber a qualquer hora do dia... mas esse café nunca chegou a ser tomado... o almoço que durava há tantos anos ficara incompleto... também nunca pediram a conta...

domingo, 7 de dezembro de 2008

UM LIVRO SOBRE A HISTÓRIA DA FÁBRICA DE FAIANÇAS DAS CALDAS DA RAINHA


A minha amiga Cristina Horta (à esq. na foto), directora do Museu de Cerâmica, Isabel Fernandes e Elsa Rebelo (2.ª a contar da dta) são as autoras de um estudo e de uma recolha única que deu origem a um livro profusamente ilustrado e de riquíssimo conteúdo - uma contribuição muito importante para a história das faianças em Portugal. O Sofá Amarelo esteve no CCC das Caldas da Rainha e registou todos os momentos do lançamento da obra. Na foto estão presentes também Fernando Costa, Presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, e Isabel Castanheira, editora da livraria 107.

O obra aborda toda a história e evolução da Fábrica de Faianças, contemplando as vertentes histórica, artística e técnica, com documentação inédita sobre a famosa fábrica dirigida por Rafael Bordalo Pinheiro e que ainda hoje continua activa.

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

HISTÓRIA DO DIA

Eles só eram diferentes numa única coisa...

Era difícil haver duas pessoas com os gostos, as tendências, as atitudes... tão iguais! Sexos diferentes mas filosofias iguais, tão iguais que não era normal encontrar duas pessoas assim... Eles só eram diferentes numa única coisa!

Gostavam os dois muito da vida e das coisas boas que ela proporciona! Ele adorava caminhar à beira-mar, ela também... Só eram diferentes numa coisa! Ela dava tudo para ficar a contemplar a Lua numa noite de luar, ele também... Só eram diferentes numa coisa! Ele não prescindia do seu chá das 5, ela também não... Só eram diferentes numa coisa! Ela gostava de música suave, ele também... Só eram diferentes numa coisa!Ele escolhia sempre filmes em que saísse do cinema bem disposto, ela também... Só eram diferentes numa coisa! Ela gostava de vestir roupa descontraída, ele tambem... Só eram diferentes numa coisa! Ele gostava de adormecer no sofá, ela também... Só eram diferentes numa coisa! Ela adorava fazer gambas fritas com limão, ele também... Só eram diferentes numa coisa! Ele adorava os mimos e os beijos dela, ela também adorava os mimos e os beijos dele... Só eram diferentes numa coisa! Ela não prescindia de um banho de espuma a dois, ele também não... Só eram diferentes numa coisa! Ele era adepto de um clube de futebol, ela era adepta do mesmo clube... Só eram diferentes numa coisa!

Sim, eles só eram diferentes um do outro numa coisa, numa única coisa... porque de resto tinham os mesmos gostos em tudo, onde um ía, o outro ía também, o que um pensava, o outro pensava também... Só eram diferentes numa coisa! Pois bem, e essa única coisa em que eles eram diferentes um do outro, é que... bom, ele gostava de caminhar de mão dada com ela no lado esquerdo dela, e ela gostava de caminhar de mão dada com ele... no lado direito dele! Dava mais jeito a um e a outro! Portanto, até nisso... sendo diferentes... completavam-se na perfeição! Se todas as diferenças fossem assim...

sábado, 6 de dezembro de 2008

BLOGUES, LITERATURA E AMIZADE


Fim de tarde de magia ontem na Livraria Barata em Lisboa - 22 Olhares Sobre 12 Palavras partiu de um «jogo» de quem não se conhecia senão desse mundo novo que é a blogosfera... Ontem os Olhares foram muitos mais que 22... e continuarão a crescer...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

A FOTO

«Gosto da praia à hora das gaivotas»
(Tim, dos Xutos e Pontapés)

A HISTÓRIA:

A Sombra
Ele andava quase sempre atrás dela! Quando não era atrás, era ao lado! Aparecia sempre quando ela menos esperava! Era como uma sombra quase permanente e em determinadas alturas colava-se mesmo a ela e não arredava dali. Ocasiões havia em que parecia que ele estava ausente mas de um momento para o outro... lá estava ele... Poderia dizer-se que ele era chato, pois ter alguém sempre à perna é chato! Mas ela adorava a presença dele! Ela até estranhava quando ele não estava ou quando demorava mais um pouco a aparecer... mas mesmo naqueles momentos em que ela duvidada que ele fosse aparecer... ele acabava por vir...

... E naquele momento complicado ele estava mesmo ali, ao lado dela, a guardá-la, a mimá-la... e mais do que nunca ela precisava tanto disso... ela estendeu a mão embora sabendo que ele não a agarrava... não porque ele não quisesse, ele só não agarrou a mão dela porque os Anjos não têm forma... limitam-se a cumprir a sua função de ... Anjos da Guarda!!!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A AVALIAÇÃO DE PESSOAS NO DIVÃ DO SOFÁ AMARELO...

A Avaliação de pessoas em Portugal é na maior parte das vezes injusta, ineficaz e soa sempre a ameaça

Qualquer pessoa entende avaliação como sinónimo de ameaça, injustiça, ineficácia... e na verdade avaliação de pessoas – no público ou no privado – é exactamente isso! É normal, portanto, que as pessoas não gostem de ser avaliadas e tudo façam para o não ser! A experiência aqui do Sofá Amarelo nesta matéria não é muita mas a suficiente para perceber que cada avaliação corresponde geralmente a uma injustiça tremenda – porque em qualquer empresa ou organismo público há sempre uma fatia de pessoas que nem precisa de se preocupar com as avaliações: alguém «olha» por elas e atribui as positivas notas correspondentes. E quando assim é, «tem» que haver alguém que vai ser bafejado com notas mais baixas... e não interessa o desempenho... aliás, praticamente não conheço avaliação que tenha a ver com o desempenho... conheço sim as que têm a ver com o tipo de relação dos avaliados com as chefias...

Sei de avaliadores que dizem aos avaliados que não lhes dão notas altas para não «chamar a atenção» da administração. Sei também de avaliadores que não gostam pessoalmente do avaliado e lhe dizem na cara que o vão avaliar por baixo por isso. Sei de pessoas que foram num ano avaliadas com notas altíssimas e no ano seguinte foram... despedidas! Isto no privado, mas no público não será muito diferente! Por isso estou do lado de todos os que contestam as avaliações: quando elas forem justas e equilibradas eu serei o primeiro a defendê-las! E há outra coisa: a pessoa pode ter passado anos a ser bem avaliada, ser estimada por todos os colegas e hierarquias, mas na hora da verdade isso não vale de nada!

E depois, outro pormenor das avaliações tem a ver com os impressos: aqui recorre-se a um tipo de linguagem que não sei quem inventou, ou se foi mal traduzida da Europa, onde se usa e abusa de expressões como «proactivo», «flexibilidade», «clientes» - quando em causa está um trabalho que nada tem a ver com aquelas e outras designações... depois, tenta-se adaptar mas o soneto sai sempre pior que a emenda! Aquilo que as pretensas avaliações têm provocado não só nos professores mas um pouco por todo o lado é a desunião e a desconfiança entre pessoas que trabalham lado a lado. A mal da motivação e da produtividade. Chefes, patrões e outros que tais perdem com isso... será que não percebem? Os chefes defendem-se argumentando que também eles próprios são avaliados, mas mais do que serem avaliados eles são é mandatados...


A FOTO DO DIA:

Justificar completamenteNo dia 4 de Dezembro passam 28 anos sobre a morte em acidente/assassinato de Francisco Sá-Carneiro, antido deputado à Assembleia Nacional, 1.º Ministro de 1978 a 1980 e líder carismático do PPD/PSD. Passados estes anos andei à procura de algo que ainda lembrasse esses tempos e não foi difícil descobrir: esta «mensagem» dos tempos conturbados do pós 25 de Abril de 1974 encontra-se numa parede de um prédio num beco no Pragal, Almada, mas haverá mais «ditos» do género por aí - a história também se faz destas coisas!


quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Quarta-feira é dia de
IN-DISCRETO:


Há uns anos atrás era impensável ver os portugueses na praia fora do Verão... agora, tudo mudou, e há quem saiba tirar partido da praia no tempo frio... e também há quem fique contemplativo olhando o longe... talvez por um desgosto de amor...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

CRISTIANO RONALDO - O MENINO DA ILHA QUE TINHA UM SONHO REDONDO...


Havia uma vez um menino que vivia numa ilha e que parecia igual aos outros meninos: era um pouco rebelde como todos os meninos, brincava como todos os outros meninos e gostava de jogar à bola... como todos os meninos! Só era diferente dos outros meninos numa coisa: no Sonhar! Sim, no Sonhar! É que ele tinha sonhos redondos, sim, sonhos redondos! Mais nenhum dos outros meninos que brincavam com ele avistando ao longe o mar tinha o mesmo tipo de sonhos! Os dos outros meninos eram sonhos normais! Os sonhos dele eram redondos! Redondos como uma bola, tão redondos que um dia ele agarrou num dos sonhos redondos, foi à praia e embarcou num dos sonhos...


... O sonho redondo trouxe-o até uma cidade grande! Aí ficou durante uns tempos! E continuou sempre a sonhar sonhos redondos! Às vezes as outras pessoas riam-se quando ele falava dos seus sonhos, mas ele não se importava... um dia mais tarde pegou noutro sonho redondo, foi de novo até a praia e voltou a embarcar... desta vez rumo a outra cidade grande que ficava num país enorme!

Nunca largou os seus sonhos redondos! Só ele sonhava assim! Nessa cidade grande e nesse país enorme começou a subir uma montanha muito alta: o caminho era muito longo e difícil, os que tinham chegado alguma vez ao topo tinham demorado muito tempo, mas o menino que sonhava sonhos redondos subiu, subiu, subiu rápido, tão rápido que depressa chegou ao cimo da montanha... e a montanha era uma daquelas montanhas difíceis de subir, a mais implacável das montanhas... também conhecidas por Montanhas da Vida...

PARABÉNS, CRISTIANO RONALDO!!!


segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O QUE É MELHOR QUE UM SOFÁ?

... melhor que...
um sofá...



... só mesmo...
um sofá...



... e uma lareira!!!



A HISTÓRIA

Ano de 2058! Os lares de idosos de há 50 anos atrás tinham agora o nome de Caixotes de Velhotes! Entrava-se ali quando os descendentes o entendiam e saía-se no dia em que se fazia 100 anos... para uma longa viagem com rumo desconhecido!

Ele já estava naquele Caixote de Velhotes há uns anos! Nesse dia fazia 99 anos, portanto ainda tinha um ano para usufruir do que agora se chamava - não Vida - mas Sopro! Havia sempre uma surpresa para quem fazia 99 anos, mas para ele a maior surpresa desse dia foi a chegada dela ao Caixote... ela, por quem ele tinha esperado... 50 anos!

Metade da vida sem saberem um do outro, estavam agora os dois frente a frente! Sorriram, tocaram-se, só não podiam falar porque a poluição das décadas anteriores destruíra o gás que permitia a propagação das ondas sonoras, mas para eles isso não tinha importância: 50 anos atrás já eles comunicavam por telepatia, podiam voltar a fazê-lo com toda a facilidade...

... E fizeram-no durante um ano - o melhor ano das suas vidas! - ou melhor, um ano menos um dia, porque na véspera de ele completar 100 anos, os dois encetaram uma viagem... não a viagem desconhecida que estava reservada aos residentes do Caixote dos Velhotes... mas sim a Viagem das Viagens, a Viagem que só está ao alcance dos Amantes Especiais!!!