terça-feira, 2 de junho de 2009

CASO ALEXANDRA: OS JUÍZES HOMENS DEVIAM SER PROIBIDOS DE JULGAR ESTES CASOS!



É a minha opinião: não me vou manifestar sobre a decisão dos juízes em relação ao caso Alexandra, a menina russa que foi para o frio, pois não tenho dados para o fazer, apenas me baseio naquilo que me é dado ver, que nos é dado ver! E se todos nós que temos filhos já demos um tabefe ou uma palmada pelo menos duvido que o tenhamos feito em directo na TV. Portanto - e como já não é a primeira vez que surgem decisões polémicas por parte de quem de direito (?), por mim a melhor solução para evitar casos destes seria proibir os juízes homens de deliberarem sobre eles...

8 comentários:

ematejoca disse...

... ir para o frio às vezes é melhor do que ficar no calor!!!

argumentonio disse...

Caríssimo, o tema é por demais melindroso: como ter certezas?

justo é indagar, examinar os dados que temos, à luz da noção de que há um mundo desconhecido por cada fracção de conhecimento que nos é acessível

concluir é sempre bem difícil

mas vejamos: há outra forma de decidir - com efeitos coercivos, quer dizer, de forma tutelada pela autoridade do Estado, susceptível de ser efectivada a decisão e não ficar na esfera das intenções ou na poeira dos papéis - sem submeter a apreciação dos elementos disponíveis a um critério judicial, isto é, de um ser humano "normal", e como tal, falível, embora investido de conhecimentos, experiência e autoridade pública?

depois o tabefe: claro que demos bem menos tabefes aos nossos filhos do que os que levámos dos nossos pais - aliás, há pouco mais de 30 anos as crianças também levavam de familiares e dos professores, era perfeitamente natural para a mentalidade da época no nosso País

mas o quadro mental mudou

a razão de ser do tabefe que vemos na imagem do caso em análise é bem diversa da traquinice, birra ou maldade que gera uma palmada pedagógica

essa diferença é substancial e obviamente fere a sensibilidade de qualquer cidadão, apesar de haver muitas susceptibilidades de reacção algo primária, nomeadamente de quem hipoteticamente faria o mesmo se estivesse no mesmo papel

o caso está, pois, inquinado, a vários títulos:

- em si, porquanto há circunstâncias de tal modo adversas ao desenvolvimento harmonioso de uma criança que mesmo estando em melhores condições de segurança, bem estar e afecto, ainda assim constituem uma bomba relógio na formação da personalidade, na vinculação, no equilíbrio global e a longo prazo da criança;

- na apreciação judicial, que é difícil, sempre, mas pode beneficiar muito de uma compreensão que só a experiência de vida, do apelo a sentimentos nobres como critério de aferição fina dos comandos legais e da interpretação do direito positivo à luz dos valores primordiais da dignidade inalienável dos direitos da criança, valor primeiro e último nesta área jusprudencial;

- e também pela abordagem infame a que a comunicação social submete situações delicadas sem olhar a meios nem à inviolabilidade dos direitos de privacidade e reserva que toda a gente merece mas ainda mais se impõe quando está presente uma criança

mas compreendo o teu grito de denúncia, pois o que está em causa é demasiado incómodo para calar e é bom dar espaço à expressão de angústias e dúvidas, senão mesmo aos limites das regras de convivência humana que talvez só a genialidade, a temperança e o coração do rei Salomão possam alguma vez cumprir com exemplar sentido de Justiça

justo e solidário abraço

Tiago Mendes disse...

... ou tornar a lei mais clara; no fundo, se os juízes decidem de forma errada, é porque a lei dá espaço para que eles se enganem!

O problema está na lei! O juíz limita-se a ter de agir perante ela.

Filoxera disse...

Olá, desaparecido.
Está tudo bem?
Beijos.

mulher disse...

Concordo que é um caso melindroso.
O juiz, limita- se ao processo que tem em mãos.Esperemos que a menina tenha um final feliz.
Bjinho p ti.

Violeta disse...

Chocada! é o que posso dizer...

Diário de um Anjo disse...

Não acompanhei mto o caso mas pelo o que ouvi da história acho muito triste...

Anónimo disse...

Acho este caso caso lamentável, mas recordo que quem emitiu a decisão sobe a Esmeralda foi uma juíza mulher.
Considero que, com muita urgência, tem ser mudada a lei/s que regulam estes casos, bem como o sistema, exigindo-se serviços sociais mais atentos e efectivos e uma maior interdisciplinaridade e atenção nestas decisões.
Tem de haver mais cultura e esse é um problema muito complicado para implementar no nosso país e que leva tempo.

Cristina