sexta-feira, 4 de março de 2011

FIALHO DE ALMEIDA, O OUTRO QUASE EÇA DE QUEIROZ

Afastado das lides escolares para dar lugar às Alçada's aventureiras, Fialho de Almeida hoje é pouco mais que nome de rua, em especial na sua terra-Natal, Vila de Frades, e onde viveu, Cuba, no Alentejo!
Passam hoje 100 anos sobre a morte de Fialho de Almeida: filho de mestre-escola, proveniente de uma família modesta, conseguiu chegar a médico, mas a vida boémia e literária da Lisboa de fim de séc. XIX foram valores mais altos para aquele que seria um cronista e um ficcionista de primeira água.
Conflituador com Eça de Queiroz, influenciador de Fernando Pessoa - como este próprio admitiu - Fialho de Almeida foi poeta, ficcionista, cronista, crítico social e as suas obras mais divulgadas são "Os Gatos", "Os Contos", "A cidade do Vício" e "O País das Uvas".

3 comentários:

lino disse...

Um grande escritor injustamente esquecido.
Abraço

Ana disse...

Shame on me que nunca li nada dele!:( Mas em breve tratarei disso, se tiveres sugestões acerca de algum livro dele que tenhas gostado agradeço ;)
E logo eu que gostava de ter vivido no séc. XIX, de vez em quando lá volto a ler algum livro do Eça porque aquela época é muito bem retratada por ele.
E a mãe da minha cãozinha grande era de cuba, aliás chamava-se Cuba!
Beijinhos

argumentonio disse...

eh eh ...

pois passei por lá nesse dia e fui ficar à Vidigueira, onde tive direito a bons acepipes sem fim e regados a bom tinto de Portel (também provei "Dos Sócios", da Cooperativa de Cuba, Vidigueira e Alvito, muito bom) para então assistir regalado ao cortejo da "Capital do Cigano", bem organizado, festivo e significativo, com as figuras da República e I Grande Guerra, algumas brasileirices q.b., crítica social e política actual (esta era fácil mas foi engraçado ver "mascarados" de ... fatinho e gravata, uma coisa carnavalesca) e os supracitados ciganos, de quem o Paco lembrava: nunca se viu nenhum rico nem ministro, talvez não sejam os únicos culpados de tudo

voltado ao nosso Fialho de Almeida, nascido em Vila de Frades e a repousar eternamente em Cuba, foi um valor das letras mas compreende-se que não seja hoje fundamental na formação escolar elementar, há de facto outros nomes representativos da época que podem exemplificar melhor o essencial - mas concordo que é injustamente esquecido (acho que o Guilherme Oliveira Martins esteve lá na ocasião) e continua a ser um bom exemplo de lucidez e domínio da língua portuguesa e de como se servem desígnios sociais através das correntes estéticas e da literatura

parte da obra pode ser consultada on line, no Gutemberg e na BN Digital

bem lembrado, Amigo

;_)))