Todos os dias ele se esquecia do telemóvel em casa. E todos os dias ele ligava do emprego para ela lhe levar o telemóvel até à recepção da empresa. E todos os dias ela - que saía de casa depois dele - pegava no telemóvel dele, desviava-se do seu percurso, estacionava o carro em 2.ª fila, ligava do seu próprio telemóvel para o fixo dele e dizia-lhe que ele podia vir cá abaixo buscar o telemóvel...
Assim se passaram muitos dias, muitas semanas, muitos meses... no princípio ela interpretou esse esquecimento por parte dele do telemóvel como um descuido, uma desatenção, depois começou a ficar preocupada, não fosse ele começar a ter princípios de Alzheimer (embora ainda fosse novo para isso) mas mais recentemente já começava mesmo a ficar chateada com a situação: ela até metia o telemóvel no chão à porta da entrada e mesmo assim ele esquecia-se do aparelho.
No princípio do casamento não era assim, nem sequer havia telemóveis, era tudo muito mais natural: ele também se esquecia de coisas, mas eram coisas diferentes, a carteira, os óculos, a pasta... e sempre davam mais um beijo quando ela lhe levava as coisas esquecidas... mas agora não, nem sequer um beijo ele lhe dava, nem agradecia! Por isso ela tinha que tomar uma atitude! Uma atitude drástica! Andou muito tempo a arranjar coragem mas ela tinha que o penalizar... tinha que o fazer ver que não era justo a maneira como ele a tratava... e acabar com aquela situação de uma vez por todas... decisões difíceis de tomar mas há mais vida para além dos esquecimentos...
Então naquele dia ela pôs em prática aquilo que andava há muito tempo a magicar: isto de ligar todos os dias do telemóvel dela para o fixo do emprego dele acabava-lhe com o saldo do cartão... então, a partir desse dia ela começou a ligar para ele do próprio telemóvel dele... e a gastar-lhe o saldo quase todo porque fazia sempre por a chamada cair... e esta foi a maneira de ele nunca mais se esquecer do telemóvel... e até lhe reavivou a memória para outras coisas porque os beijos entre eles aumentaram de frequência...
Assim se passaram muitos dias, muitas semanas, muitos meses... no princípio ela interpretou esse esquecimento por parte dele do telemóvel como um descuido, uma desatenção, depois começou a ficar preocupada, não fosse ele começar a ter princípios de Alzheimer (embora ainda fosse novo para isso) mas mais recentemente já começava mesmo a ficar chateada com a situação: ela até metia o telemóvel no chão à porta da entrada e mesmo assim ele esquecia-se do aparelho.
No princípio do casamento não era assim, nem sequer havia telemóveis, era tudo muito mais natural: ele também se esquecia de coisas, mas eram coisas diferentes, a carteira, os óculos, a pasta... e sempre davam mais um beijo quando ela lhe levava as coisas esquecidas... mas agora não, nem sequer um beijo ele lhe dava, nem agradecia! Por isso ela tinha que tomar uma atitude! Uma atitude drástica! Andou muito tempo a arranjar coragem mas ela tinha que o penalizar... tinha que o fazer ver que não era justo a maneira como ele a tratava... e acabar com aquela situação de uma vez por todas... decisões difíceis de tomar mas há mais vida para além dos esquecimentos...
Então naquele dia ela pôs em prática aquilo que andava há muito tempo a magicar: isto de ligar todos os dias do telemóvel dela para o fixo do emprego dele acabava-lhe com o saldo do cartão... então, a partir desse dia ela começou a ligar para ele do próprio telemóvel dele... e a gastar-lhe o saldo quase todo porque fazia sempre por a chamada cair... e esta foi a maneira de ele nunca mais se esquecer do telemóvel... e até lhe reavivou a memória para outras coisas porque os beijos entre eles aumentaram de frequência...
10 comentários:
EU PEDIA O DIVÓRCIO!
Há males que vêm por bem :) Fossem todos os males estes... :))
Beijinho não esquecido
O pior é quando nem assim eles se tocam, às vezes começa com pequeninas coisas, vamos enchendo até que o mais pequeno pormenor nos faz explodir de raiva... já passei por isso. Beijo
Bem faço eu que não tenho telélé...
Bom fim de semana
Interessante e muito pitoresca esta tua história qu pode muito bem ser verdadeira.
Um beijo
Imaginação nunca te faltou!...
Mas como hoje histórias destas podem ser normais pergunto-te:
És tu o heroi desta história?...
Até podes ser.
Só que...
Bom fim de semana e não te esqueças do telemóvel.
Bj
Maria
Ai, ai...
Beijos.
boa!
e adorei ouvir ivan lins...
beijo
luísa
quem é que amnda ser mãezinha? amania das mulheres...
então sempre resultou o esquecimento sistematico do telemovel: ela despertou e ele recomeçou a beijá-la!
(é sempre possivel ver o mesmo por outro prisma, não?!):P
bom fim de semana
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