terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

NO DIA EUROPEU DA INTERNET SEGURA JÁ NÃO HÁ O QUE SEGURE AS CRIANÇAS E OS JOVENS!


Jovem com mais de 12 - 13  anos que se preze tem que ter um telemóvel topo de gama, melhor que os dos pais e muito melhor que os dos professores. Porque o telemóvel faz parte da inserção social e psicológica do jovem - em especial do sexo feminino - no grupo de pertença e na ascensão na escala sócio-sexo-escolar. 

E começo pelos telemóveis porque é impossível dissociar os telemóveis da Internet. Os dois são complementares e confundem-se, até porque cada vez é mais fácil aceder à Internet através dos telemóveis. E os jovens usam os dois meios para os seus contactos familiares, afectivos, eróticos e até sexuais, estes últimos através daquilo que se chama 'texting' (de sex e texting, forma de designar as mensagens de telemóvel de conteúdo erótico ou sexual trocadas entre dois utilizadores). Geralmente estas mensagens ficam-se entre namorados ou amigos mas estão à distância de um clic de irem parar à Internet. O que se faz com a câmara do telemóvel mais facilmente e comodamente se faz com a webcam dos computadores.

Os pais têm cada vez menos tempo para acompanhar os filhos, muitas vezes na sequência da desorganização do mercado de trabalho, que obriga a parte masculina parental a passar os 'tempos livres' no trânsito e a parte feminina nos transportes. Alguns pais não conseguem acompanhar a cada vez maior e mais intrincada oferta de redes sociais na Internet. 

Hi5, Facebook, Youtube... são redes inofensivas se comparadas com o ciberbullying, a pornografia e o risco dos encontros offline de pessoas que se conhecem online - em especial se forem jovens. Há casos conhecidos de divulgação na Internet de imagens e situações não desejadas: um dos mais divulgados foram fotos de Carla Matadinho em poses pornográficas há uns anos atrás. A agora modelo conseguiu inverter a situação a seu favor mas nem todos os jovens terão oportunidade de controlar uma situação indesejável se e quando acontecer!

12 comentários:

By Me disse...

POIS...A CULPA É DOS PAIS...ELES PREFEREM UM FILHO NA INTERNET A BRINCAR COM ELES, A DIALOGAR COM ELES...NÃO HÁ TEMPO PARA OS FILHOS...ENTREGAM-NOS À NET...QUE É MUNDO MUITO ALICIANTE E PERIGOSO...
E HÁ CRIANÇAS E JOVENS QUE PASSAM HORAS E HORAS A FIO NA INTERNET...PORQUE ESTÃO MUITO SOZINHOS...

ABRAÇO

Anónimo disse...

Infelizmente, os pais de hoje em dia não têm paciência para apoiar, educar e aturar os filhos. Deixam essa parte, erradamente, para a escola e para a internet que é a nova babysitter.

Beijinhos

Anónimo disse...

no meu tempo não havia nada disto e era bem mais divertido! há uma libertação demasiado cedo dos adolescentes em relação aos pais...

escarlate disse...

mas o problema não é propriamente a internet.
na verdade a internet é um mundo e como em todos os mundos existe de tudo um pouco e há que aprender a seleccionar, a saber arriscar ou não, a defender-mo-nos, and so on...
então (do meu ponto de vista, obviamente) o grande perigo está precisamente nessa singela palavrinha "aprender"
toda a criança precisa aprender a andar, a circular na rua, a atravessar 1 estrada, a usar um talhar, a subir uma escada, até mesmo a folhear um livro...... logicamente também necessita aprender a usar a internet. é assim tão absurda esta lógica??
não basta oferecer um computador ao menino, tal como não basta oferecer-lhe o livro, meter-lhe o talher na mesa ou manda-lo para a rua, é preciso acompanha-lo durante muito e longo tempo, ajuda-lo, alerta-lo, and so on.
a quem compete? na minha opinião aos pais em primeira instancia, como tudo que toca a educação, depois, é claro, também à escola.
dá trabalho? sim. exige tempo? sim. mas quem é que quis ter um filho? ou quem é que decidiu ser professor? ah pois é, prazer vem sempre acompanhado de responsabilidade

argumentonio disse...

a realidade é que a internet está aí e os jovens (o título do post não segurou o "que" em falta...) também !

impõem-se novas formas de convivência, dentro e fora de portas, sendo que as portas vão sendo cada vez mais virtuais

assim foi (enfim, parecido...) quando o feudalismo cedeu passo à abertura de caminhos e a circulação de pessoas e bens se generalizou para além dos pedreiros-livres

nessa época, os novos meios de comunicação deixaram as barbas em água a muito senhor e os cabelos em pé a muita plebe, só o clero manteve alguma possibilidade de clausura

ou seja, com o crescimento da circulação das pessoas entre as cidades, as portas e portagens escancararam-se a uma nova realidade, cheia de desafios desconhecidos, enormes vantagens comerciais e de transmissão de conhecimentos ou costumes, mas também insuperáveis perigos de contágio de doenças e de avanço de exércitos ou, pior, de ideias revolucionárias

até a arraia miúda podia sublevar-se, a vida além muros era um oceano a descobrir de muitas alegrias mas também de muitos medos

assim vai tropeçando a humanidade...

é que há tropeções que, depois de aprendermos a cair sem dano, permitem afinal um impulso novo

e quem quiser voltar atrás (aos castelos? às cavernas? às árvores?)
que atire o primeiro link

;_)))

Meg disse...

Quando a internet passar da privacidade do quarto para a sala de estar, onde toda a família circula, parte desses problemas acabam. Nenhuma criança ou jovem se levanta durante a noite para ir para a net, se não a tiver na intimidade do quarto.

Um abraço

Secreta disse...

A insegurança está por todo o lado!

São disse...

Tudo tem aspectos positivos e negativos.

Só que cada adulto tem que cumprir a sua responsabilidade...e isso , geralmente, dá muito trabalho.

Um abraço.

lino disse...

Eu, com esta idade, ainda tenho receio das redes sociais.
Abraço

O Puma disse...

Vigilância a todas as ofertas

Que se protejam as crianças

Mª João C.Martins disse...

O problema é, no meu ponto de vista, muito mais complexo do que parece e cada vez mais difícil de solucionar.
A indisponibilidade e a ausência dos pais que se demitem da sua função de educar, orientar e supervisionar os filhos, criando-os afectivamente inseguros e imaturos...
A incongruência entre as mensagens educativas das palavras e as dos comportamentos…
A sociedade que se auto-regula a si própria nos comportamentos, na competitividade, nas exigências colectivas, nos estereótipos...
Na alienação humana que gera e alimenta as mentes doentes e perversas, desculpabilizando-as em vez de as punir...

Inventem-se novos pais, invente-se uma sociedade diferente, capaz de se adaptar a sua própria evolução, reflectindo sobre si própria e sobre o futuro dos seus filhos.
Difícil, não é??

Um beijinho

Ana disse...

Olá!
Pois é, a tecnologia pode ser uma faca de dois gumes, ainda mais para os mais jovens... e, como dizes, os pais não têm tempo para ver o que os filhos andam a fazer, é um assunto muito melindroso!
beijinhos